quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cérebros à Venda


Um belíssimo negócio no Brasil é ensino. Foi-se o tempo em que a educação era com fins não lucrativos e atualmente gera muitos lucros às custas de humildes que lutam para pagar suas mensalidades em faculdades particulares. Graduação, MBA e até mestrado, eis o mercado intelectual à sua disposição.

Um MBA em marketing na PUC-Rio custa R$ 1.305,22 mensais, na FGV R$ 957,00 , no IBMEC R$581,00, na UVA R$ 399,00 e na UGF pode chegar a R$300,00. Diferentes preços, pois são diferentes públicos? Também, mas quem você aposta que busca lucro?

Por incrível que pareça, as faculdades mais em conta são as que almejam lucro. Principalmente em tempos de ascenção da classe C, as faculdades querem conquistar esse público barateando em excesso a educação, visando o retorno financeiro em defasagem a qualidade de ensino.

O Brasil tem aproximadamente 12% de sua população na universidade. Em breve, nesse ritmo, teremos uma grande massa de desempregados com nível superior. Ainda mais com tantas Estácios, Unigranrios e Unisuam, que formam muitos profissionais que o mercado não pode absorver.

Além dessas faculdades não formarem profissionais competentes, pois visam apenas o lucro, trazem outro malefício que é alargar a fatia de desempregados qualificados nos gráficos do IBGE. O que mostra total irresponsabilidade e descompromisso das instituições de ensino com as suas obrigações.

Hoje temos uma grande população de graduados, uma não tão menos de pós-graduados e "MBAdistas", devido a banalização de nossa educação superior. Isso é muito ruim, pois o mercado não emprega tanta gente. O Brasil perde em talentos por causa de dinheiro. Infelizmente esse é o mundo dos negócios, lucro acima de tudo!Até da inteligência!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Tiririca, quem disse que pior não fica?


Nem uma semana após o governador Sérgio Cabral cometer uma bela gafe, quando disse sobre aborto, se redimiu ao falar sobre a legalização dos jogos no Brasil. Uma longa discussão que acabou como estava antes, sem geração de emprego, sem recolhimento de impostos, com a hipocrisia reinando e com casas clandestinas abertas.

Jogos de sorte, ou para alguns de azar, sempre existiu na história da humanidade. Eram desde dados até grandes bingos. Las Vegas cresceu com esse tipo de negócio. Gerou emprego e movimentou a economia local com fiscalização severa e legislação séria.

Quem impediu a legalização dos jogos de sorte no Brasil foi a bancada evangélica. Aquela mesma, que já esteve envolvida em crimes políticos, mensalões e corrupção. Sua justificativa foi dizer que era a favor da família e que isso provocaria o vício de alguns chefes do lar. Estranho, pois a liberação dos jogos iria trazer emprego e renda para esses homens de família. Eles são contra o emprego? São contra a arrecadação? São contra a engrenagem econômica?

Alguns membros da bancada que foram contra a CPMF, forçados pela opinião pública de uma maioria da vasta classe C e das privilegiadas A e B, estão contra a essa lei que reverteria alguns impostos à saúde. A bancada é contra a saúde pública? Mais uma vez, o povo que pague o alto preço dos planos de saúde e fianças quando forem pegos jogando em bingos.

Mas enquanto o ópio não é dado ao povo, o circo engorda mamando ainda mais nas tetas da Pátria Amada. Os poderosos têm aumentos em suas rechonchudas contas mas a PEC 300 e os aposentados que fiquem com seus míseros salários. Parabéns, bancada evangélica por serem hipócritas e anti-cristãos. Os bingos não serão abertos e suas casas de dízimos ainda estarão sob a tutela da lei.