segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Covardias e Canibalismo Empresarial




Há uma grande diferença entre rivais e concorrentes. Mas, parece, que as empresas não observam tantas diferenças assim. Os players estão prontos para brigar, pra valer, e contagiam seus colaboradores para serem verdadeiros soldados nesta guerra.


Não há ética na rivalidade. Oras, não há respeito no ódio e quando há ódio, não há respeito. É estranho empresas que fazem exigências para que seus funcionários sejam éticos, quando seus gestores e diretores não são. Não há exemplos de ética dentro de uma empresa que odeia seu concorrente.


Aliás, concorrência apenas se dá quando empresas atendem o mesmo público ou quando duas empresas disputam o mesmo hábito de compras. E não é viagem. O Boticário concorre diretamente com a Kopenhagen. A marca de chocolate se tornou hábito de compra para presentes, assim como O Boticário. Engraçado, que nem por isso eles se odeiam (?).


Hoje, soube que uma empresa X tem uma política estranha. Quando o seu funcionário for visto consumindo o produto da concorrência, é demitido. Não entendo. A empresa gasta rios de dinheiro em pesquisa de opinião, e quando tem uma fonte de graça em sua empresa, a mesma o ignora e demite. As empresas não enxergam a fonte de informações ali nas suas acomodações. Então, gastem dinheiro com tanta pesquisa com pessoas que você nem conhece, quiçá nem consomem seus produtos.


A rivalidade irá resultar em atraso. Observar a concorrência é encontrar oportunidades e observar suas fraquezas. Não há mal em reconhecer suas limitações e buscar crescimento. Além disso, um funcionário estará muito mais motivado em colaborar com o crescimento de sua empresa, ao invés de destruir um concorrente.


Há espaço para todos no mercado. Não envenene seu colaborador com uma rivalidade insana e baixa. É deselegante brigar na frente de seu cliente. Não há necessidade de guerras e sim, de mais ética e respeito. Se todas as empresas entendessem a importância de seu concorrênte, elas seriam maiores, melhores e teriam os profissionais mais felizes.

domingo, 9 de outubro de 2011

Uma Praça que não é Bem uma Praça


No marketing temos os famosos 4 Ps. Mal traduzidos eles receberam os nomes de Preço, Praça, Produto e Promoção. Hoje, falaremos da tal praça, que está longe de ser um centro de jogos de dama para velhinhos e point das crianças com um balanço.


Eu prefiro utilizar o termo canais. A tal praça reúne os canais de distribuição, canal de estoque e canal de vendas. Tudo que envolve a armazenagem, logística e ponto de vendas, está inserido nesse que, na verdade, seria um C . Assim, os 4 Ps, se tornariam 2 Cs e 2 Ps (Preço, Produto, Comunicação e Canais)



Alguns pecam em limitar os canais a loja. Lojas são pontos de vendas, assim como o site da empresa. O ponto de venda virtual, onde ali se estabelece uma troca entre consumidor e empresa. Mas, caso o site da empresa não disponibilize vendas, o mesmo se limita ao C de comunicação.



Se você tem um estoque, ali é um canal, que antes era praça. A forma como você abastece seu PDV ou entrega ao seu cliente, vai ser denominada logística e isso se insere no C.



Não confunda, ou não insira, canal de comunicação por aqui. Na verdade, a comunicação é a ferramenta mais utilizada (e uma das mais importantes) do marketing. Todos os 4Ps2Cs, comunicam. Os canais devem comunicar, assim como o preço e o produto. A comunicação, posiciona, gere, integra e complementa a comunicação.



No Shopping Nova América, no Rio de Janeiro, há um ônibus que leva clientes de um bairro até o shopping, isso é logística. Ele comunica, pois é envelopado, e traz consumidores para o seu PDV. No primeiro dia de Rock in Rio, o grande problema foi logística (C de canais) , pois havia um sério problema para levar e trazer os rockeiros do festival.



Ou seja, logística não é transporte de materiais, apenas e sim, tudo aquilo que vai suprir as compras ou trocas em seu negócio. E, uma praça não é aquela tática estática, pronta para receber clientes. Vai muito além e merece muita atenção. Há um grande erro nos marketistas, focar apenas no C de comunicação, esquecendo que os outros comunicam muito mais.