segunda-feira, 18 de julho de 2011

Pa$tor ou Pastor?


Ouço algumas críticas sobre opiniões próprias quanto ao que evangélicos fazem. E um discurso vem sendo usado sempre, não podemos julgar, o julgamento é divino. Oras, são vocês que criticam e rebatem todas as atitudes dos gays e agora não querem julgar a própria carne?

Por anos, a religião virou comércio. Eu já participei de grupos de comunicação e marketing dentro do meio evangélico e vi, muitas ações são produtos. Tudo se torna uma peça para vendas com uma película de Reino do Senhor.

A TV está lotada de programas Gospel. São horas e horas, inclusive em TVs por assinatura. Se há tanto programa, para quê mais um? Vaidade. E vão às telinhas pedirem esmolas para bancar seus programas. Se não tem dinheiro para bancar, não vá para TV.

E não me venha com esse discurso fajuto de que tudo na TV é pago. Simples, coloque intervalo comercial e banque seu programa. Mas ao invés disso, vamos vender livros, cds, dvds, eventos, cursos, o que você quiser. Lá está um Polishop Gospel.

É feio e insano o que muitos pastores e igrejas fazem. A última, expor uma criança ao ridículo. Com ferramentas da psicologia e hipnose, muitas pessoas têm a sua fé mexida e suas ilusões alimentadas por líderes que vão de pastores à apóstolos.

Chega desse circo de vaidades. Chega de mostrar quem tem mais poder. Parem de ostentar quem tem mais igreja, o carro mais bonito ou quem tem jatinho. A fase agora é competição interna. Alguns vão às telas e jornais para brigarem descaradamente e trocarem farpas. Outros, ficam com o mesmo discurso de que não podem julgar.

Não podem? Então, vamos deixar nossas famílias expostas a isso? Vamos ficar calados vendo o nome de Cristo sendo comercializado? Vamos ficar de braços cruzados enquanto vemos toda essa bagunça acontecer? Estão com medo de cortar na própria carne e admitir os erros? A justiça divina virá e a dos homens se calará?

Pare e veja o que estão fazendo. Dízimo não mensalidade de clubinho privativo e nem ações de uma empresa. A igreja não deve ser uma instituição com fins lucrativos e sim, atender àqueles que padecem.

Se os evangélicos julgam um católico de ser idólatra, então podem, sim julgar quando um líder faz besteira. Se os evangélicos berram que um gay é pecador, devem julgar, sim quando um pastor está se tornando milionário. Se os evangélicos prezam pela família, então não podem deixar um líder fazer orgias monetárias com seus dízimos.

Por fim, a justiça divina é a melhor. Mas as dos homens não deve ser descartada. E como um cidadão, comunicólogo, marketista e alguém que viveu mais de 20 anos na igreja e viu tanta coisa podre, é meu dever de berrar "está tudo errado!". Não vou me calar, pois não sou covarde. Temor à Deus, eu tenho. E se Ele é justiça, então farei valer essa máxima. Quero justiça. Jesus não é comércio.

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