Mais um carnaval se vai e o que sobra na quarta de cinzas é muito lixo, mortes e acidentes pelas estradas do Brasil. Rio de Janeiro e Salvador, as duas capitais do carnaval, são as recordistas nessas sequelas pós-festa. O mais impressionante é que campanhas educacionais e de saúde ficam em segundo plano, justamente quando deveriam ganhar maior destaque.
No Rio de Janeiro é proibido fazer xixi na rua, podendo levar o cidadão até a delegacia e ter de pagar uma gorda fiança. Mas, para aqueles que jogam latas, papel e copos no chão, nada é feito. Estranho, pois o lixo "biodegradável" (urina) é coibida com rigor, mas aqueles lixos que servem de abrigo para o mosquito da dengue, passa-se despercebido.
Jamais, nós da The Pavuna Times, seremos a favor de urinar na rua. Mas levantamos a bandeira de que algo deve ser feito para diminuir os mais de 400 toneladas de lixo recolidos em quatro dias. Além disso, a saúde pública suplica menos doentes em seus hospitais, principalmente por causa da maldita dengue.
Imaginemos em 2016, quando teremos praticamente um ano de festas voltadas para o mundo. Os jogos olimpicos vão suceder o colorido carnaval carioca. Obviamente, que isso não seria desculpa para "limpar" a cidade, pois isso deve ser feito independente de festa, mas seria vergonhoso os nossos convidados assistirem a alagamentos provocados pelos esgotos entupidos. Não queremos ver o vestiário do Maracanã inundado novamente.
O Pau que bate em Chico, bate em Francisco. Então, se vamos pôr os "mijões" na delegacia, deveremos colocar os sujões também. Uma cidade limpa vai diminuir, sistematicamente, catástrofes, o caos coletivo e outros infortúnios da festa da carne.
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