
Extremos, sim. Muitos indianos estão vendo essa prosperidade longe, mas bem longe mesmo. Milhares de agricultores vivem em uma grande miséria. É bem curiosa essa situação, que se assemelha um pouco com a China, de população bem próxima. A tal prosperidade, segundo especialistas, pode vir da abertura a empresas estrangeiras e investimentos em setores que expandem.
A explicação para esse salto econômico deve-se ao fato da mão-de-obra extremamente barata. Uma população vasta que trabalha duro para receber muito pouco, ou seja lucro absurdo para grandes empresas. Um bom negócio para fabricantes de produtos de baixa complexidade, pois o nível escolar indiano não é dos mais elevados em alguns setores e a população é de baixa escolaridade em sua maioria.
Sem hipocrisia, a povo come o resto do alto-escalão. Os tubarões fazem a festa e o povo, quando come, fica com os farelinhos, como aqui no Brasil, mas lá culturalmente o povo vive com pouco e não cria esperanças de um futuro melhor. O homem pobre não é aquele sem dinheiro e sim aquele que não possui sonhos, e a Índia é miserável.
Por enquanto o foco é fazer negócio da China, pois o país cresce em escala maior em comparação à Índia, mas logo o negócio será da Índia, pois se vê um governo fraco e com pouca, ou quase nenhuma, visão humana. Na África era assim, países prósperos e com muitas riquezas nos anos 80 e 90, porém o planeta tinha Madre Tereza de Calcutá e Lady Di. Mudou-se o continente, mudaram-se as pessoas e a pergunta vem, cadê nossos heróis? Enquanto elas gritam é um bom sinal, o problema é quando a miséria corroer suas entranhas e nem respirar poderão mais.
By Nelzicléia Codó
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