quarta-feira, 12 de maio de 2010

Fator Humano no Futebol


O The Pavuna Times ontem fez a sua escalação pra Copa do Mundo. De cara, toda nossa equipe repensou e mudaremos alguns nomes. Não levariámos mais Neymar, que em seu lugar entraria Tardelli, do Atlético-MG e não Roberto Carlos sairia para dar lugar a Cleber, do Internacional. Fomos o único site a lembrar de Grafite. Por essas e por outras, Dunga não é um burro, como sempre o chamamos.

Ontem, lendo um livro que servirá de base para minha monografia, Samuel Bekin diz que as qualidades humanas podem superar as qualidades técnicas e a lidernça (De mercado) ser alcançada. Isso quer dizer que, a equipe influencia quase que totalmente no sucesso de um produto ou marca.

Os números são a favor de Dunga. As duas competições que a seleção participou, obteve sucesso, além de voltar ao topo do raking da FIFA. O time pode não ser o "Dream Team" mas conseguiu alcançar todos seus objetivos previamente traçados. Isso prova a qualidade humana superando a qualidade técnica.

As sempre contestadas convocações de Doni, Josué, Felipe Melo, Gilberto e Michel Bastos ganham força quando os resultados são positivos. Óbvio que muitos brasileiros queriam Ronaldinho, Ganso e Neymar, mas será que eles estavam imbuidos da mesma vontade de vencer que outros atletas há tempos na seleção?

A prova de que a qualidade humana supera a técnica está quando o Brasil ganhou a Copa de 94. Sem alarde a seleção chega aos EUA. Atletas que jogavam até no Japão. Mesmo assim, de mãos dadas, o Brasil levou o tetra. Outros exemplos são Coréia do Sul em 2006, que foi muito além do que se esperava, ou ainda o carrossel holandês, são algumas mostras de que a qualidade humana faz a diferença.

O Brasil teve seleções fortes. 1982, 86, 90 e 2006, são alguns exemplos. E todas fracassaram. Chegaram com pose de campeãs e com aquele "saltinho alto", tinham excelentes atletas, mas não conseguiu alcançar o sucesso. Qual motivo? Será que a qualidade humana, a incorporação de um ideal, o trabalho em equipe, a consciência de uma responsabilidade e a vontade de vencer existia?

O Brasil de hoje talvez não encha os olhos e não jogue bonito, mas é eficiente. É esse time que foi campeão da Copa América e da Copa das Confederações. É a equipe que é coerente e tem comprometimento, é disso que precisamos e não de oba-oba e gracinhas que Neymar junto com Robinho iriam fazer. Copa do Mundo não é lugar de experiências, temos que entrar pra vencer e ter esse diferencial que se chama equipe. Dunga não é um burro, pelo contrário, é um futurista. Se o Brasil vai vencer, é uma outra história, mas a lição já foi dada às próximas gerações.

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