sexta-feira, 25 de junho de 2010

Uma Família Menos Um


Uma pausa na Copa. Daqui a pouco falaremos sobre a saída da Itália, mais precisamente depois do jogo da Espanha. Por hoje, abordaremos algo que a equipe do The Pavuna Times está vendo a nossa volta, caro pavunense. O que a mídia está abordando sobre nossas famílias. Sim, o conceito mudou e o olhar crítico midiático nos mostra uma nova tendência, acopanhemos.

Em uma campanha da marca Vivo, um pai vai se separar da mãe e a filha vive no dilema, não verá mais seu querido dad. Mas, como um passe de mágica, e aparentemente sem custos, um celular irá unir a família. Até expulsar um bicho debaixo da cama, pelo celular, o pai faz. A Campanha cria aquele ar "fofo", com a carinha triste da menina e um pai presente graças às novas tecnologias da informação.

Ainda tem a campanha da Qualy. Nessa, a mãe ganha destque, porém ela leva um namorado para conhecer a família. O filho não gosta muito e até bate o pé, mas o que uma manteiga não faz, caros amigos? Ela une esse conflito familiar e aos poucos o menino vai aceitando o novo amor de sua mãe.

Nas duas campanhas o ex-conjuge não aparece, mas deixa claro que por ali passou um divórcio. Pelo mundo já se vê em Two and Half Men, Hannah Montana e a saga Crepúsculo mostra essa nova tendência. Pais separados e filhos convivendo com tal situação harmoniosamente. O ineressante que esse contexto criado, acaba conquistando outros nichos de mercado que antes não foram inseridos em um planejamento de comunicação para as campanhas.

Se é uma realidade sendo mostrada pela mídia ou uma apologia ao divórcio como sendo algo natural, isso cabe a você julgar, ilustre pavunense. O que queremos dizer é que, a princípio, essa configuração de família vai ser abordada em séries, filmes e campanhas publicitárias. A série Drake e Josh foi além, o pai de um casou-se com a mãe do outro. Lembram de toma lá, dá cá?

Interessante ver que todo discurso construído é de forma a aproximar o telespectador para se identificar com a situação. Um ambiente familiar, com crianças lindas e carentes de atenção. Ou seja, por mais dolorosa, ou não, que a situação seja, cuide do que restou da família e se aproxime, através de um celular ou uma manteiga.

Fica aqui tal reflexão, será que é uma tendência midiática, social, comportamental ou viagem dos criativos das agências? A mídia ainda influencia tanta gente? Mesmo assim, vale ressaltar a boa redação das campanhas, o cenário criado e o buzz marketing que gerou. Campanhas boas sem apelos emocionais de baixo nível, essa tendência que queremos ver na publicidade.

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