Ser ecológico é cult. No mínimo isso, pois não é nada barato ter um produto com selo verde. Em outras palavras, se você quer preservar o verde da nossa bandeira, você tem que estar disposto a pagar. Mas é contraditório, pois se são produtos de energia limpa, renovável ou reciclado, qual o motivo de ser tão caro?
Ontem, a equipe do The Pavuna Times, estava no auditório da Universidade Veiga de Almeida presente para a conferência do Ministro Carlos Minc. A conferência fazia parte de uma série de palestras sobre a semana do meio ambiente. A palestra foi curta, porém muito interessante e nos mostrou muitos pontos relevantes.
O verde se tornou um negócio. Desde empresas de reciclagem até lojas para classe média A, tudo que possa ser reciclado, reaproveitado ou gerado através de energia renovável, é vendido e com preços salgados. Campanhas, impostos e investimentos, muitos são os mecanismos de fazer do verde das matas, o verde do dinheiro.
Mas a preservação do meio ambiente é extremamente importante para a nossa existência e bem estar de todo ecosistema. Porém, se ao invés de uma nova possibilidade de mercado, o meio ambiente trouxesse prejuízos, estaríamos tão interessados nele?
Na verdade o meio ambiente gera lucro, empregos diretos e indiretos e sustentabilidade. Ou seja, é de extrema importância cuidá-lo e preservá-lo, pois dele pode vir possibilidades que jamais esperávamos, até mesmo curas de patologias que há anos atormentam a humanidade.
O grande problema está no acesso a essa ideologia ecológica. As classes D e E não têm a mesma visão de ecologia que as classes média, B e A. Assim, preserva o ecossistema quem puder pagar e não quem estiver disposto a preservar, apenas. Vide a camisa da seleção brasileira, feita de garrafa pet reciclada, custa R$179, 90. É para quem quer ou para quem pode?
Por fim, é de extrema importância o contato e conhecimento de todas as classes a respeito da preservação do nosso verde. Além disso, aos empreendedores, vamos distribuir de forma sustentável ( a palavra da moda nesse assunto) os recursos, bens ou produtos verdes para que seja de acesso a todos. Até por que, não é só o rico que polui e nem é apenas ele que pode ser ecochato.
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